A maior parte da população sai pela manhã, mete-se no autocarro, no comboio, metro ou numa fila de trânsito para chegar ao trabalho e estar 8 a 10 horas numa secretária, num balcão ou num qualquer local a fazer um trabalho usualmente repetitivo... 38% odeia o que faz (Portugal, 2010) e 55% não está satisfeita com o que faz (EUA, 2011).
Mas... mesmo assim, metemo-nos pelo metro adentro como se fossemos de férias para ao Hawaii...
Isto a propósito de num destes dias ter enviado uma mensagem a uma amiga perguntando se estava em Cacun, ao que me respondeu que estava a trabalhar, "o que nos dias que correm começa a tornar-se desejável".
Eu percebo... mas podia ser tudo tão melhor...
... 38%??? (ódio mesmo!!!???)...
Como é que pode uma sociedade andar feliz se tem 38% da malta a odiar o que faz 8 a 10 horas por dia?...
Mas... mesmo assim, metemo-nos pelo metro adentro como se fossemos de férias para ao Hawaii...
Isto a propósito de num destes dias ter enviado uma mensagem a uma amiga perguntando se estava em Cacun, ao que me respondeu que estava a trabalhar, "o que nos dias que correm começa a tornar-se desejável".
Eu percebo... mas podia ser tudo tão melhor...
... 38%??? (ódio mesmo!!!???)...
Como é que pode uma sociedade andar feliz se tem 38% da malta a odiar o que faz 8 a 10 horas por dia?...
10 comentários:
Reformulando:
Como é que pode uma sociedade SÓ ter 38% da malta a odiar o que faz, quando se desloca nestas condições para trabalhar 8 a 10 horas por dia, com salários de miséria?
O problema não será as pessoas não fazerem o que gostam e não tentarem mudar.
O comodismo instalou-se e isso sim é assustador
É por estas e por outras que Portugal se vai afundando. Não é só a economia, a política, a demagogia que existe. É um problema enraizado de mentalidade, de comodismo, de falta de amor próprio. Fazer por nós e por aquilo que nos realiza, acaba por favorecer a produtividade, e, por consequência, o país...
Não acredito que vi este vídeo ...
Ainda hoje comentei isso com amigos António, que se passa a maior parte do dia do trabalho, o local de trabalho acaba por ser de facto a "casa" de todos nós. A outra é basicamente o dormitório e pouco mais. Estava exactamente a falar com pessoas assim descontentes, não pelo que fazem porque disso parece-me que gostam, mas com o ambiente gerado, criado por situações que transcedem o tipo de funções que executam.
É verdade que iniciativa é necessária, que somos um povo queixoso, mas também é certo o que diz a tua amiga. Portanto o comodismo transformou-se em benesse, nos tempos que correm. Um trabalho, qualquer trabalho é um privilégio. Estou convencida que se fizerem novas estatísticas em relação a este ano, aquela percentagem há-de descer drasticamente.
Bolas, já sabia dos transportes japoneses (é Japão não é?) mas aquilo impressiona mesmo.
É como dizes ... puta madre ...
Olá Fresco!
Olha que 38% mal dispostos são suficientes para que ninguém ande bem... mesmo que a estatística esteja incorrecta.
Olá Utena!
Há muita gente com medo. Medo de não ter para pagar a casa ou o carro. Ou com filhos pequenos, o que agrava a coisa...
Mas também há o planeamento... quem está farto, pode não conseguir sair agora mas deve fazer um plano para sair mais tarde. Isso, parece-me que poucos fazem... mas não tenho dados suficientes.
Olá Angel!
Portugal não está bem. Mas a sociedade ocidental não está bem também... Há limites. E quando começam a ser atingidos, as pessoas são obrigadas a tomar decisões. Temos andado a atingir muitos limites ultimamente. E é nessas alturas que mais coisas acontecem. Vamos ver...
E concordo contigo: o que nos realiza e faz feliz torna o país melhor.
Olá Isa!
Dizem que não há coincidências. É possível... mas não sei.
É verdade que o nosso local de trabalho se torna a nossa casa. O que pode tornar a nossa companheira (ou companheiro) um colega de quarto... e pode ser mais fácil o divórcio deste do que do pessoal do trabalho, com quem estamos todo o dia e donde provém o sustento... o que é perverso.
E é verdade que o mau estar está frequentemente associado aos ambientes e não ao trabalho realizado.
Não tinha pensado no comodismo como benesse. É verdade que o pode ser. Mas eu não vou por aí. Estou numa de "mais valia pirar-me para o Kiribati do que aturar isso"...
É no Japão sim. E os senhores que dão os empurrões são da empresa transportadora...
Bjkas.
O comodismo não é uma benesse, nunca. O que queria dizer é que os acomodados, se já não tiveram iniciativa pra mudar algo nas suas vidas antes, agora é que não mudarão de certeza absoluta e, sem fazer da tua amiga uma "acomodada", espero que pelo menos tenham a noção da sorte que têm nos dias de hoje e vejam as coisas como ela.
Pá, António, já é pelo menos a 2ª vez que te leio com ameaças explicitas de emigração, tou cá convencida que ainda nos vamos aborrecer à conta disso. Tu vê lá.
Besos
Percebi-te Isa. Mas pode ser uma benesse. A dos "pobres de espírito abençoados" ...
Não te preocupes que não saio daqui... estou há 16 anos à espera de uma licença de habitação da CM Sintra. Com a redução de pessoal que aí vem, agora só lá para as calendas gregas para me ver livre da casa... às vezes acho que a administração pública é de brincadeira, tipo Portugal Lego...
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