Nos EUA, uma criança de 12 anos foi constituída arguida por homicídio do irmão de 2 anos de idade e vai ser julgada como adulta. Pode vir a ser condenada a prisão perpétua. A mãe, de 25 anos (foi mãe aos 12 anos) foi também constituída arguida por homicídio por negligência.
Os EUA no seu melhor…
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8 comentários:
Nem sei o que diga... nem percebo quem de facto é o culpado aqui, nem sequer sei se há culpado. Mas o estado já decidiu, né? tira-se o puto das ruas e o assunto fica arrumado. Mesmo sendo julgado como adulto, a idade tem sempre que ser levada em consideração,mas o mais certo é virmos a ter um ex-condenado triplamente desiquilibrado emocionalmente, pelo seu historial numa família desestrututada, pelo que o levou à prisão, pela experiência na prisão. No mínimo.
A mãe que foi mãe aos 12 anos, que também vai ser julgada por (pelo percebi) apesar dos antecedentes, ter continuado a deixa-lo tomar conta do irmão, ou por não ter chamado por assistência médica imediata...
Assim de repente, só sei que não queria ser juiz nem assistente social em país nenhum, menos ainda nos States.
Olá Isa! Acho que a responsabilidade se reparte por todos... apesar de ainda não ter havido condenação, parece que o estado já decidiu, sim, já que o miúdo vai ser julgado como adulto e nestes casos o veredicto costuma ser prisão perpétua (ou pena de morte nalguns Estados)...
... também fico sem saber o que dizer em relação a várias coisas... uma delas, que nunca me tinha passado pela cabeça: o pai da criança não está nem nunca esteve presente por ter sido condenado por violação à mãe, menor: quando uma menor é violada e daí resulta uma gravidez, não só foi "abusada" na sua ingenuidade como o filho gerado perde o pai pelo facto de... o ter gerado...
... bem... basicamente temos... avó toxicodependente + mãe menor + pai preso por o ter gerado + padrasto que dele abusava e que se suicidou por isso = condenação à morte com atraso de 14 anos...
...tenho pena do puto... e dos pais... e do irmão...
Pena de nós todos, António.Ou frustração nem sei. Porque sabemos que histórias assim ha-as aos molhos, aqui também, mas sobretudo num país daquele tamanho e com aquela variedade de tudo, bom e mau.
Quando digo que não queria ser assistente social, é tão só porque a se-lo tinha que se-lo a sério e esta é uma profissão que, de tanto se confrontar com situações idênticas, ou faz das pessoas máquinas, ou lhes tira a vontade de viver. Eu só de ler, morri. Imagino se tivesse acompanhado aquilo. Credo.
Não há culpados, ali. Há toda uma situação de tal maneira degradante, onde os únicos prejudicados foram os intervenientes. Aquela criança não está menos morta que o irmão defunto. Mas depois há leis e perlépeépeu. Enfim.
O sistema transmite-lhes "valores" e depois condena-os por os porem em prática.
Isa. Dizes que não há culpados. Poderá não haver é dedos suficientes para os apontar, tantos que o são. Tantos que o somos, que criámos tudo isto... e que não mudamos. Porque não conseguimos. Porque não queremos. Porque já não há força ou paciência para mudar tanto...
... pena de nós.
Olá Fresco! Na verdade, não poderiam ter feito melhor na realização do que TVs e afins ensinam... heróis como o Reagan, que passam de cowboys da TV a Presidentes, ou como o Schwarzenegger, de exterminador a Governador... o miúdo, calhando, deveria era ser proposto para a carreira de Presidente dos EUA...
Não é, de certeza, deixando o puto na jaula o resto da vida que redimem o caso.
é muito grave. Um caso complicado e sério, mas tal como alguém citado no artigo referiu: the system failed him. Há toda uma conjuntura que merece ser considerada.
Assim, não se resolve nada.
Beijinhos :)
A nossa sociedade é muito complexa. E torna-se ainda mais complexa com o "deixa andar" a que muitos de nós a votamos... este tipo de acontecimento previne-se. Ou... não se prevenindo, terá de se punir... só que, aqui, a punição deveria ser para todos os responsáveis. Que não são só os evidentes... são também os ausentes... ou, em alternativa, todos seriam ilibados. E o puto e a mãe teriam de ter o que não tiveram antes: educação e integração.
Beijinhos!
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