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Estádio do Algarve. Custou 34,6 milhões de euros. Augusto Mateus, antigo Ministro da Economia, sugere a sua demolição para diminuir à autarquia o gasto de 600.000 € anuais em manutenção.
Para a generalidade dos políticos, a gestão dos dinheiros públicos não tem de ser levada a sério. Pede-se dinheiro à banca, fazem-se umas coisas bonitas na autarquia (ou no país) de modo a manter o cargo nas próximas eleições. Novas eleições, novo pedido, novas coisas. Algumas até com utilidade. Algumas até agradáveis à vista… Um dia alguém pagará a conta. Nem interessa quem ou quando.
Que sucederia a uma família se pensasse assim? Compraria uma casa maior. Um carro para cada membro da família. Uma casa de férias… um dia alguém pagaria… Tal não sucede porque a banca empresta a um Estado que, apesar de por vezes ser mais mau gestor do que uma família, um dia pagará. Não empresta às famílias sem primeiro olhar bem para as suas contas pois. É que se a família falir, não pagará a dívida.
Os gestores públicos, sabendo do empréstimo fácil, lá continuam a pedir emprestado, endividando-se para os próximos 1000 anos.
Em Espanha, há 20 dias atrás, um juiz espanhol condenou um autarca a pagar uma dívida da autarquia a uma empresa privada. Se a autarquia não conseguisse o dinheiro no prazo de 30 dias, o autarca teria de pagar com os seus bens, já que era o responsável pela dívida.
Adorei. Mas nunca mais ouvi falar de nada acerca do assunto. Em particular em Portugal não me apercebi de nenhuma movimentação ou comentário à coisa. Será que foi por estar o país de férias que não me apercebi de nada?
Espero que este seja o futuro. Cada um responsável pelas suas contas. Sejam estas feitas com dinheiro próprios seja com o dinheiro dos outros.
8 comentários:
E, infelizmente, isto é só mais um exemplo entre tantos outros.
Olá Vera! As coisas vão mudar. Os espanhóis apontaram agora nesse sentido.
Bj.
Em Portugal quem paga são sempre os pequenos, nem vale a pena questionar.
Olá S*! Bem vinda de férias!
Acho que em toda a sociedade ocidental são sempre os mais pequenos a pagar. O sul da Europa é um pouco pior... mas as coisas terão de mudar. Ou em breve não haverá sociedade... haverá um monte de gente, cada um a puxar para o seu lado, com os melhores a sair daqui.
Deixa lá, pelo menos temos mais um estádio. (Ironia)
Eu confesso que pouco percebo de politica. É um assunto que apesar de não ser alheio a nenhum de nós enquanto cidadãos que somos, aborrece-me. Aborrece-me porque gira sempre em torno de muita gente sem escrúpulos, surdos e corruptos.
A sanção que foi aplicada em Espanha faz todo o sentido. Cada um deve colher aquilo que semeou. O que acontece na maioria dos casos, é que se a colheita não for boa, outro que a apanhe.
Em Portugal seria inimaginável fazer-se tal coisa; se o fizéssemos, estariam muitos dos que nos representam em viver em barracas.
Não nos podemos esquecer que no nosso país são muitos os autarcas que querem ajudar, e não têm fundos para tal. Sobretudo no Interior, que se encontra ainda muito coberto pelo esquecimento.
Olá Sara!
e depois de o mandarmos a baixo podemos sempre fazer outro ;)
Olá Fábio!
Espero que a decisão tomada em Espanha comece a ser exemplo para todos os países europeus, incluindo o nosso.
Quanto aos problemas das autarquias do interior, deverão ser resolvidas de outro modo. Talvez indo do governo central mais dinheiro para resolver problemas específicos. Mas quanto a endividamento sem regras, não deverá existir nem no litoral nem no interior. Até porque se existisse num único local, este serviria de exemplo para o resto do país.
Um abraço!
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