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Há dois dias escrevi algumas palavras contra a pena de morte e a favor da vida.
Reflicto sobre a relatividade do que penso, mesmo que o pense seriamente e o defenda como um ideal.
Duas coisinhas...
1 – Que força terei para defender um ideal se uma das pessoas de quem mais gosto e de quem dependo emocionalmente ficar gravemente doente? A pena de morte continuará a ter a importância que lhe dou estando em plena consciência? Reagirei igualmente contra a pena de morte aplicada a um assassino se uma pessoa próxima me abalar emocionalmente? Se a minha mãe, a minha mulher, a minha filha ficarem gravemente doentes quererei eu saber do que se passa lá fora?
2 – Dado o que está a suceder em Paris e agora também já na Bélgica e na Alemanha, considerando que já houve uma morte e que os disturbios não terminam... imagino o que seria se:
2.1. O morto pelos distúrbios fosse esse familiar que me faz falta...
2.2. Os distúrbios não pararem e levarem o país ou mesmo a sociedade ao caos?
A pena de morte poderia justificar-se para que, com o exemplo, regressasse a ordem?
Um condenado à morte, mesmo que injustamente, justificar-se-à para impedir outras mortes, provocadas por motins?
... não tenho respostas... estou só a pensar alto... e a gastar espaço na cybernet...
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